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BE 3470 · ANO VIII · Editor:
Sérgio Jacomino · São Paulo, 22 de outubro de 2008
· ISSN 1677-4388
LANÇAMENTO
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Mais uma obra está sendo
lançada durante a programação do XXXV Encontro dos
Oficiais de Registro de Imóveis do Brasil. Trata-se de O
Vendedor de Camomila, crônicas de João Baptista Galhardo, editada
pela editora Zerocriativa. A noite de autógrafos acontece na noite
do dia 21, na área de eventos do Tropical Tambaú Hotel.
A capa do livro é de autoria de Ernesto Lia, artista
plástico e vice-presidente da Academia Brasileira de Belas Artes, membro
da Academia Mondiale Degli Artisti e Professionisti, em Roma, membro do Le
Centre Internacional d' Art, em Paris, e outras entidades de arte.
Em 404 páginas, o autor apresenta uma seleção de
crônicas que misturam ficção, realidade, histórias
tristes e alegres, autobiográficas, e algumas lições de
vida. Foram selecionadas 99 crônicas entre as duzentas já escritas
pelo registrador para o Jornal de Araraquara, onde atua como cronista há
cinco anos.
O Boletim Eletrônico do IRIB
conversou com o autor a respeito do título da obra. O Vendedor de
Camomila, segundo ele, é o título de uma crônica em que
ele relata um fato marcante de sua infância:
Filho de uma família muito pobre, com dez anos de idade já
trabalhava encerando o cartório do Fórum da cidade e plantava
camomila no fundo do quintal de sua casa. De sábado, organizava uma
cesta com maços de camomila para vender com o avô numa feira da
cidade.
De madrugada, numa carroça empurrada por uma égua branca, de nome
Princesa, pegava carona com o avô para vender sua camomila. Em
determinado dia, a praça onde a feira era realizada ficou sem
iluminação. Ouviam-se muitas pessoas falando de um acidente que
havia acontecido a poucos quarteirões da feira, em que um eletricista
havia morrido carbonizado.
Ao lado do avô, o menino de dez anos resolve ir ao local do acidente.
Chegando lá, encontra no chão uma tocha humana. Não era
possível distinguir cabeça, tronco e membro. Ficaram assistindo
aquele chumaço humano, sem saber de quem se tratava. De repente,
alguém pronuncia o nome do morto. É seu tio, irmão de sua
mãe, filho daquele avô que lhe acompanhava. Depois de um tempo, o
menino e o avô voltam para a feira, montam na carroça e vão
para casa.
O menino pega sua cesta de camomila e vai para a casa
descalço, por uma rua esburacada, chutando tudo que vê pela frente.
A camomila ele venderia na segunda-feira, no Fórum, onde executava
pequenos afazeres.
O autor finaliza a triste história transmitindo uma mensagem:
“recebi nessa manhã de domingo uma dose reforçada da vacina
contra qualquer tipo de eventual arrogância ou soberba, pela
lição precoce que a vida me deu. Somos apenas pó, um dia
chegamos e, de repente, de improviso, vamos embora. Não pedimos para nascer
e morremos sem querer. Vamos dançar neste intervalo”.
Essa e outras crônicas estão em O Vendedor de Camomila, de
João Baptista Galhardo.
(Reportagem Claudia Trifiglio).
O Vendedor de Camomila
Pedidos para a “Livraria Machado de Assis” (Avenida Brasil 655-Centro. Araraquara. Fone (16) 3332-2464.
Ed. Zerocriativa, 2008 (http://www.zerocriativa.com.br)
ISBN 978-85-86305-62-7
404 Páginas
99 Crônicas
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